Racismo na TV brasileira

Dedico esta edição de www.oreporternahistoria.com.br a Taís Araújo e Lázaro Ramos. Eles, por trabalharem na TV Globo, se transformaram em celebridades.

O racismo no Brasil é disfarçado.

O racista, como o pedófilo, pode estar dentro de nossa casa e a gente não vê. O racista, como a pedófila, pode estar na escola, e a gente não percebe. Há racismo no nosso local de trabalho, e fingimos não ver.

De repente, surfando na onda, sempre de olho no IBOPE=faturamento, a TV Globo abre espaço para protestos ante racistas e machistas. Expulsa contratados. Ameaça demitir quem escorregar no racismo e no machismo.

Na história dos Marinho, uma avó mulata.

Da miscigenação: portugueses com negras, nasceu o tipo brasileiro mulato, moreno, pardo. Roberto Marinho, com sangue negro, criou seu império de comunicação.

Então por sua genética, os filhos herdeiros, os 3 Marinho, devem facilitar a entrada de negros nas Organizações Globo, em suas diretorias, nas novelas, nos esportes, nos noticiários?  

Sucede, porém, que TV é qualidade. Nos Estados Unidos, o “problema” da presença negra na TV foi resolvido. Sim, há cotas nas empresas, universidades, nos partidos políticos, na Broadway, em Hollywood, para negros, índios, latinos, asiáticos. Mas, entra quem é capaz, profissionalmente bom.

Escravidão e racismo made in the USA

A escravidão, o racismo sanguinário, o racismo social, não mataram a criatividade e a competência dos negros americanos. Até chegarem à presidência dos Estados Unidos o caminho foi longo, espinhoso.

Mas, o que aconteceu lá que não aconteceu aqui? Se os navios negreiros, a cangalha, o chicote, as revoltas, os castigos, eram os mesmos, ou piores? Com agravante de frio e neve. O fim da escravidão levou os Estados Unidos a guerra civil.

Os sulistas derrotados caíram de pau em cima dos negros libertos pelo presidente Lincoln, assassinado por ter acabado com a escravidão. Até os anos 70, havia discriminação aberta nas escolas, ônibus, restaurantes, empresas. O racismo disfarçado, ainda persiste.

  

Mas, por que o negro americano deu a volta por cima? Ocupa espaços altos e nobres. Negros bilionários nos negócios. Negros e negras na política, na ciência, nas universidades, na mídia, no cinema, no show business, nos esportes? Na presidência dos Estados Unidos! (Sidney Poitier, Louis Armstrong e Ella Fitzgerald, Beyonce).

Ver Consciência negra e Joaquim Barbosa em www.oreporternahistoria.com.br

“Lideranças negras no auge da Guerra Fria foram cooptadas pelo marxismo, pela militância comunista. Recebiam ajuda da URSS, da Alemanha Oriental, da Coreia do Norte, e mais tarde de Cuba. Grupos radicais, como os Panteras Negras, partiram para o sequestro e ações armadas. (1. Angela Davis, do Partido Comunista americano com Erik Honecker, na Alemanha Oriental. 2. Malcom X com Fidel Castro. 3. Logo do grupo radical Panteras Negras)

Martin Luther King

Diferente do Brasil, nos Estados Unidos, igrejas evangélicas foram (são) o berço da boa música negra americana e também de lideranças do movimento pelas liberdades civis.

“Sou negro, e não posso fazer nada sobre isso. Não posso mudar a cor da minha pele. Mas posso ajudar a mudar as condições do negro com direitos civis, com melhorias substanciais em sua vida. Sem recorrer ao ódio racial, à violência”.

Filho de Pastor, Martin Luther King, também Pastor, foi genial ao perceber que pelo caminho do confronto, pelo viés ideológico, os negros com muito sacrifício conquistariam pouco.

Quando mentores do racismo perceberam que Martin Luther King estava ganhando multidões para o movimento não armado, não agressivo, porém, consistente, a ponto de brancos famosos marcharem a seu lado, e que Ele era “a grande ameaça à supremacia branca”, o mataram.

O negro presidente estendeu a mão para o operário presidente.

Lula era o Senhor de todos os anéis: sindicatos, estudantes, reitores, artistas, mídia, trabalhadores do campo e da cidade, empresariado, maioria no Congresso Nacional. Lula não tinha oposição.

Quando o negro Barack Obama, um discriminado na presidência dos Estados Unidos, estendeu a mão para o operário, um discriminado na presidência do Brasil, este com a corda toda, cooptado pelo falante Hugo Chávez, eufórico pelos chás de coca preparados por Evo Morales, fez-se desentendido, e foi aninhar-se nos braços dos “revolucionários” Kadafi, Noriega, Ahmedinejad, Fernando Lugo, Nestor Kirchner, Mubarak, e ditadores africanos.

Passou a discursar para o Terceiro Mundo, quando não existia mais Segundo Mundo. Distanciou o Brasil dos centros de Tecnologia, Ciência, Pesquisa, Modernidade. Aprovou a bolação de seus ministros de relações exteriores, Marco Aurélio Garcia+ e Celso Amorim: desferir “pancadas de baixa intensidade nos Estados Unidos” para facilitar a implantação do socialismo do Século 21 na Venezuela, no Brasil, na América do Sul.

NOS X ELES

Lula, o Cara, sonhou ser Secretário Geral das Nações Unidas. Viajou, mais ainda, abrindo embaixadas inúteis. Perdoando dividas ao estado brasileiro. Fazendo doações com dinheiro público. Facilitando negócios para empreiteiras- amigas patrocinadoras de eleições. Os resultados estão nas manchetes e nas prisões.

O país homenageado com a embaixada brasileira era garantia de votos para a Secretaria Geral da ONU. Quando a euforia passou, a corrupção já dominava o núcleo central do governo, e se espalhava por ministérios, governos estaduais e municipais. Lula acordou. O sonho acabou. Ele partiu para o ataque. Lançou o NÓS X ELES.  (Lula com Sergio Cabral, governador do Rio de Janeiro, seu aliado e protegido. Atualmente, preso).

O que se vê no Brasil, com muita nitidez, é a Consciência Negra, a Negritude, dezenas de ONGs, grupos, celebridades negras, dependentes e atreladas ao discurso das “minorias”. O nos x eles na militância do confronto muito bem manipulada e usada por políticos, uns, espertalhões, outros, corruptos.

Quem fala pelo negro brasileiro? Quais as suas lideranças de peso político, ético, moral, que podem abrir caminho novo para as conquistas desejadas e merecidas.

O “movimento negro continua dependente da agenda ideológica, eleitoral, de tipos como Lula, Dilma, de “guerreiros do povo” tipo Zé Dirceu, Delúbio, André Vargas, Vaccari, Ruy Falcão, Gleisi Hoffman, Maria do Rosário…

Influenciado por evangélicos- políticos tipo Benedita da Silva, o casal Garotinho, ex-governadores do Rio de Janeiro, o negro continuará gritando frases e dogmas fora do contexto, protestará muito, com poucos resultados. Viverá de cotas, Bolsas, migalhas dadas por companheiro governante bonzinho. ( 1. Deputado André Vargas em afronta a Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal. 2. João Vicente, Reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares militante da desastrosa Dilma Rousseff)

As lideranças negras do Brasil só teriam a ganhar se estreitassem laços com lideranças negras dos Estados Unidos. Aprenderiam com as conquistas do negro americano convidando palestrantes, conferencistas, negros, para arejar as universidades, centrais sindicais, patronais, a mídia, o ambiente artístico.

Mas, o ante americanismo, herança ideológica da sovietização nas universidades, mídia, nas “minorias”, patrulha e condena aproximações com o mundo capitalista tecnologicamente avançado, moderno, vitorioso.

Há ou não há racismo na TV brasileira?

O que o negro deve fazer, tipo de luta deve travar para ganhar mais espaço, ocupar horário nobre na TV? E o que dizer da cultura afro-brasileira perdendo espaço no Rio de Janeiro, capital das Escolas de Samba, do carnaval mundialmente famoso, atração maior do turismo internacional ?

A seguir, (galeria não completa) de astros e estrelas da TV Globo. Você que me lê, faça galeria da presença negra no SBT, Rede TV, TV Bandeirantes, TV Cultura, em canais fechados. Um bom começo para testarmos se há ou não há racismo na TV brasileira?

 

Óbvio que há negro e negra nas novelas, nos camarins, nos vestiários, na eletricidade, hidráulica, segurança, limpeza, cozinha, nos bastidores da TV Globo. Questiona-se a presença reduzida de negros no “filé” da grade televisiva da emissora.

Trilha sonora:

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