1950: a década de grandes tragédias brasileiras

O cuiabano- presidente Eurico Gaspar Dutra inaugurou o Maracanã, o maior estádio de futebol do mundo, para sediar a Copa do Mundo. E nele, fomos derrotados pela seleção do Uruguai. O impacto emocional coletivo foi mil vezes maior que a derrota humilhante no 7 a 1 da Alemanha na Copa do Mundo 2014.

Em 24 de agosto de 1954: com um tiro no peito, o presidente Getúlio Vargas “saiu da vida para entrar na história”. A comoção foi enorme. A estrutura política, social, a identidade cultural, que ele montara com a Revolução de 1930, começou a desmoronar.

Em 5 de agosto de 1955: Carmen Miranda, a brasileira mais conhecida e mais famosa no mundo, morreu nos Estados Unidos. Vítima do sucesso, e de carcarás do show business, Carmen morreu de estafa.

Ela cantou “Mamãe eu quero” mais de 4 mil vezes. “O que é que a Baiana tem”, 3.500 vezes. “Aquarela do Brasil” 2. 500 vezes. Fazia 2, 3, 4 shows por noite. Programas de TV. Filmes. Viagens.

Tudo isso em ritmo frenético de estrela ascendente, e lucrativa, para o empresário Lee Schubert, e outros. Carmen está na galeria das famosas que morreram vítimas do sucesso: Billy Holiday, Judy Garland, Marilyn Monroe, Whitney Houston…

Muito mais que uma cantora, atriz de cinema, admirada pelos astros e estrelas de Hollywood, com filas dobrando quarteirões para vê-la na Broadway, com a sua alegria contagiante, a Pequena Notável (ela tinha 1,52 de altura) fez milhões “descobrirem” e gostarem do Brasil.

Com o sucesso dela, a velha, cretina, esquerda soviética, caiu de pau. O picareta David Nasser, na revista O Cruzeiro, inventou maldades. Disseram que ela se americanizara. Terminada a Segunda Guerra Mundial, começou a Guerra Fria: Comunismo X Capitalismo ou União Soviética X Estados Unidos.

Aí inventaram que o sucesso dela nos States foi criado pela “Política de Boa Vizinhança dos Estados Unidos”. Bullshit!  O empresário Lee Shubert a viu no Cassino da Urca, Rio. Gostou. Contratou.

Quero ser enterrada no Brasil”. E assim foi, em grande comoção. Rádios no país todo, tocando as músicas- sucessos de Carmen.

Herdeiros ideológicos nas universidades, imprensa, “minorias”, bisnetos, netos, filhos, sobrinhos, da esquerda desorientada, dominada pela ideologia da corrupção, continuam a manchar a memória de Carmen Miranda e as conquistas, a beleza, a maravilha que Ela foi para o Brasil subdesenvolvido. Carmen Miranda, é fruto também da boa relação que o presidente Getúlio Vargas mantinha com a Música, o Teatro, o Rádio.

Os militantes fanáticos, na imprensa, criticaram ate a Carmen morta no caixão. “Vejam ela está toda maquiada“. Os idiotas desconheciam (como muitos hoje) que nos Estados Unidos costuma-se maquiar, vestir, dar dignidade visual ao morto.

A TV Globo, por exemplo, tem recursos, tem gente, e pode contratar pesquisadores, biógrafos (como Ruy Castro) para uma série televisiva consistente, honesta, bonita. Mas, a influência esquerdista vulgar é dominante na Globo.

Com “dramaturgos” de novelas, chupadores e copiadores de textos alheios. Com donos, diretores, conhecidos por usarem eventos e criações de outros, sem o devido crédito. Nesse ambiente de corrupção cultural, ninguém se atreve a liderar um necessário revival da magia, beleza, importância, da brasileiríssima Carmen Miranda. Há idiotas que acusam-na de ter nascido em Portugal. E daí? A nossa formação é portuguesa. Nossos Reis, ministros, mestres, foram portugueses- brasileiros.

De 1956 a 1961: A construção de Brasília foi impulsionada por profecias tipo: “Temos que tirar a capital do mar para o sertão. Assim será muito difícil nos invadir”. “ O salesiano D. Bosco profetizou uma terra de mel e leite, no meio do Brasil”.

Brasília foi totalitariamente concebida pelo comunista Oscar Niemayer. Uma réplica tropical do Kremlin: abrigo de oligarcas, magnatas, burocratas. A foice está lá monumento, JK é o martelo.

Com duas ferrovias: Norte- Sul, Leste- Oeste, e seus ramais, Juscelino, o presidente sonhador, bossa- nova, teria promovido verdadeira e sustentável interiorização do Brasil. Aquele entusiasmo de obra faraônica, sem dúvida, sacudiu o Brasil da Esperança. Líder estudantil, eu saí de Brasília para o mundo.

Como no velho oeste USA, no meio dos desbravadores, dos migrantes construtores, dos sonhadores, foram para a “Construção”, safados, aproveitadores, corruptos, de todo tipo e gênero. Esses ficaram no comando.

“Inês é morta”. “Depois da cabeça cortada, é tarde lastimar a perda dos cabelos”, dizia Fiote, barbeiro na Rua do Meio, Cuiabá.

Descarnaram, embruteceram, violentaram, a capital do Brasil bonito, educado, alegre. Brasília nasceu, o Rio de Janeiro morreu. Brasília é hoje capital da corrupção. O Rio, capital da violência armada.

30 anos de sucesso made in the USA:

1. Orador da turma, em banquete de despedida na universidade em Moscou.2. Com Tancredo Neves em Cuiabá. 3. Delegação do governo de MT na embaixada do Brasil em Washington preparando-se para reunião no Banco Mundial

No meu regresso de New York, vitorioso na campanha eleitoral que ajudei a liderar, no  Governo de Mato Grosso, xiitas, militantes fanáticos da época, diziam que eu estava americanizado. Outros, da esquerda do ranço antiamericano, perguntavam: “como Ele, líder estudantil, político, estudou, se formou em Moscou, foi parar em New York. Tem coisa aí”?

(E tinha mesmo: Fui agente secreto da CIA em Moscou. Fui agente da KGB em New York. O primeiro 007, e único agente duplo brasileiro no mundo. Recebia de cada agencia 10 mil dólares por mês. É para gargalhar ou chorar?) Kkkkkkk.

Com grana, prestigio, know how, cheguei em Cuiabá com loira, deslumbrante nos seus 22 anos. E ainda por cima Miss no concurso Miss USA- Miss Universo. A inveja e a praga foram tão fortes que o meu cabelo começou a cair sem parar.

Mesmo sem aposentadoria, sem dinheiro no colchão, nunca deixei de tomar meu uísque (sei que estou exagerando na dose). Nunca dei calote. Não trapaceio. Não pratico corrupção, nem nas pequenas coisas do dia- a- dia. Vez por outra, volto a ler Marques de Sade, kkkk.

  

1. Com Edward Koch, prefeito de New York no palco do Dia do Brasil. Lamento não ser um ET para estar nos 25 Brazilian Day 2018, all over the world!  Os meus 30 anos de sucesso em New York, devo aos caminhos abertos por Carmen Miranda!

Trilha sonora:

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Jota Alves fundou o jornal The Brasilians e criou o Brazilian Day na Rua 46, New York. Promoveu o Carnaval do Brasil, por 15 anos consecutivos, no Waldorf Astoria Hotel. Edita o Repórter na História e o blog Dia do Brasil.

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