Os pais da pátria

   

É fácil identificar os fundadores do estado grego, da democracia e da República. Roma (Itália) fala por si mesma.Na França, destacam-se Marat, Danton, Robespierre, Napoleão, Charles de Gaulle. O império russo volta a ser valorizado. Os fundadores da Rússia soviética seguem exercendo enorme influência mundo afora.

The Founding Fathers: Thomaz Jefferson, George Washington, Benjamin Franklin, Samuel Adams, os pais da pátria norte-americana, mesmo com piadas, sátiras em filmes, novelas, são respeitados, honrados, estudados. Quando entramos na história mexicana lá estão Zapata e Pancho Vila. Simon Bolívar, exumado por Hugo Chávez, é o fundador da pátria venezuelana.

Os pais da pátria brasileira

Nós não tivemos um grupo unido que pudesse sintetizar a máxima: pais da pátria. Temos, sim, pessoas que se destacaram e escreveram momentos de nossa história.

Enquanto as treze colônias inglesas se rebelaram, lutaram, conquistaram a independência e criaram a nação norte-americana; enquanto colônias espanholas derramaram sangue para criar seus países; a independência do Brasil nasceu da euforia de um filho distante mostrando ao Pai- Rei que já era homem feito. Um arranjo de bastidores batizado de jeitinho.

Faça a sua lista de país da pátria. Eles, podem ser muitos.

   

José Bonifácio de Andrada e Silva, Princesa Izabel, Barão de Mauá, Floriano Peixoto, Rui Barbosa, Barão do Rio Branco, Cândido Mariano da Silva Rondon, Getúlio Vargas, Juscelino Kubistchek, General Geisel.

 

Fernando Henrique Cardoso, Joaquim Barbosa, Sergio Moro.

Juristas, mestres, constitucionalistas, muitos. Mas, a maioria ficou conhecida, e famosa, por assessorar e defender políticos populares, criminosos, corruptos.

Legislativo, Executivo, Judiciário

Enquanto os pais da pátria americana definiram a separação dos poderes com limitações, equilíbrio, harmonia, escreveram uma Constituição enxuta, sete artigos, em 229 anos, apenas 27 emendas, portanto, definitiva;

Nós continuamos no eterno redescobrir, refundar, reaprender, reeducar, com sete Constituições: 1824, 1891, 1934, 1937, 1967, 1988, e mais Atos Institucionais, Medidas Provisórias, calhamaço de Leis, atalhos e elásticos processuais, defendendo interesses políticos, religiosos, ideológicos, empresariais…

Mas, será que a ordem dos fatores, não altera o produto?

Neste momento de atritos constitucionais apimentados pelo senador Aécio Neves X STF testando a competência de cada um dos 3 poderes, e com a escancarada corrupção no Legislativo e no Executivo, coloco o JUDICIÁRIO em primeiro lugar na ordem dos fatores que podem alterar o Brasil, para melhor.

E contrariando o senador Renan Calheiros com 17 inquéritos na cacunda, com senadores e deputados em 530 processos, inquéritos, 100 ações penais, neste momento de nossa história, com ministros, presidentes da República investigados, processados, eu entregaria a chave do Legislativo e do Executivo para o Judiciário. Dando ao Supremo voto de confiança.

No momento de crise, de furacão constitucional, um Poder socorre o outro. Eles foram concebidos para ajuda mutua. E para salvar a nação vale qualquer sacrifício. Porém, quantos senadores, deputados, vereadores, Conselheiros de Tribunal de Contas, colocam o Brasil em primeiro lugar?

E para não ser tarde demais, colocaria o Exército para defender a Amazônia, não com a milonga da segurança de nossas fronteiras, mas, contra os bandidos nacionais e delinquentes ambientais. Defender os recursos naturais que são da nação, de todos, a bala, se preciso.

Mentira federativa, “centralismo democrático”.

Precisamos, com urgência, de um grupo de país da pátria com coragem para redefinir o status federativo. Tipo: Estados Independentes da República Brasileira, Confederação dos Estados Brasileiros, etc.

Não sairemos do atoleiro, afundaremos, inapelavelmente, no fracasso, se continuarmos com essa mentira federativa centralizada. Estatal, pela velha escola do socialismo, que não deu certo em nenhum lugar do planeta, mas, mantido a ferro e fogo pela dinastia da Coreia do Norte, o delírio chavista do socialismo século XXI, o saudosismo marxista em Cuba e o regime hermafrodita da China: comunismo político com capitalismo empresarial.

Não precisamos nos separar como querem sulistas.

Mas, precisamos que cada povo assuma o presente pelo futuro de sua região. Tenha independência para definir suas prioridades. Não podemos mais conviver com o “centralismo democrático” de Brasília mantido por pilantras e espertalhões, determinando o que devemos ou não devemos construir, realizar.

Basta da vergonhosa romaria de governadores e prefeitos no cínico ritual: “me dá um dinheiro aí”. No beija mão ao ao presidente e presidenta, figuras decorativas do Sistemão.

Chega da cretinicereciclagem das dívidas estaduais” sangrando o país pelas dividas da corrupção, como é o caso do Rio de Janeiro e do meu Mato Grosso. Penalizando na divisão nacional dos pães o Rio Grande do Norte, o Rio Grande do Sul…

Os pais da pátria norte-americana vislumbraram com muita sabedoria um país unido, mas, com seus estados independentes para decidir o cotidiano de sua população. Sem depender de seus Stálin, Hitler, Mao-Tse-Tung, Getúlio Vargas, Evita Peron, Fidel Castro, Hugo Chávez, Lula, Dilma, Kim Il Jong…

O povo do Piauí não pode ser penalizado pelo desmatamento criminoso e roubo de dinheiro público em Mato Grosso. A culpa pelo atraso e pobreza do Ceará não é do Paraná.

Cada estado, cada povo, tem que assumir o comando de seus deveres e obrigações. Ganhar ou perder, de acordo com suas escolhas. E não ficarmos hipnotizados por milagreiros e salvadores. Está provado que a pior escravidão é a ideológica, e nessa estamos há mais de um século.

A seleção de futebol tem comando. A nação não tem comando.

Nas Ruas, por toda parte, espera-se um rumo, um manual de conduta, uma luz no túnel, no qual aproveitadores, de todo tipo, deitam e rolam. O embrutecimento da nação só piora.

Enquanto o país entrou pelo caminho do fracasso acreditando na milonga das massas como motor da história e do dogma “uma andorinha não faz verão”, o indivíduo Joaquim Barbosa sacudiu o ninho no Superior Tribunal Federal onde se protegiam gaviões do Estado brasileiro. O ministro Joaquim Barbosa sacudiu o pais!

E com as janelas abertas, ar menos poluído, florescem os Sergio Moro e as Selma Arruda. Nos estados, como no meu Mato Grosso, estruturas carcomidas são balançadas por Juízas e Promotores, corajosos. Juízes, promotores, procuradores, desembargadores, sacodem o pó de suas cadeiras, e motivados por decisões como as do ministro Luiz Fux, já agem com celeridade e transparência.

Surgem novos Homens da Lei desvinculados do compadrio, férias pagas por empresários, presentes de políticos, favores de governantes. O processo depurativo é lento, mas, gradual.

Mesmo sendo duramente criticado por colegas universitários e amigos da esquerda: (“onde já se viu, Jota Alves estudou em Moscou e paga tributo aos americanos!!!) diante do que acontece no Brasil eu estava certo em homenagear a Independência dos Estados Unidos, em Nova York, no salão nobre do mais famoso hotel do mundo com o que temos de mais alegre e mais bonito: To a great people, to a great nation O Carnaval do Brasil. (A América do Norte foi o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil).

E dediquei o Terceiro Brazilian Day ao Bi- Centenário da Constituição dos Estados Unidos quando discutíamos uma nova constituição para o Brasil pós ditadura.

Não temos um time de “Pais da Pátria”, mas, exemplos a seguir. Que o Judiciário ocupe esse vazio da história brasileira!

Trilha sonora:

https://youtu.be/JG8R1F-FXCg

*Jota Alves, em Nova York, fundou o jornal The Brasilians, promoveu por 15 anos consecutivos o Carnaval do Brasil no mundialmente famoso Waldorf  Astoria hotel, criou o Brazilian Day Em Moscou, graduou-se em Direito Internacional. Em Mato Grosso, exerceu funções de Secretário de Governo. Edita o blog de opinião www.oreporternahistoria.com.br. Com Adriana BH e Irene Poconé www.diadobrasil.com.br

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