Welcome to the Club Míster President

Trilha sonora: C Dnom Rajdenia. Happy birthday[1]

Não é de hoje que o Brasil anda bem na fita. O nosso ouro era mais amarelo e mais pesado. A nossa arara mais bonita. A tinta e a madeira do pau brasil mais lucrativas. A ópera O Guarani despertou sonhos de riqueza e erotismo na monarquia europeia. Santo Dumont eletrizou Paris. Ele voava e falava de seu país tropical. Carmen Miranda encantou Hollywood. Ari Barroso fez o mundo dançar Aquarela do Brasil. Bidu Sayão, Villa-Lobos, Pelé, Sergio Mendes, Tom Jobim, João Gilberto, Jorge Ben, Baden Powell, Martinho da Vila, e muitos outros. Modestamente, ou não, me coloco na história dos que promoveram/promovem o Brasil mundo afora.

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1.O primeiro Brazilian Day, em 1985,  foi em homenagem à Tancredo Neves. O segundo, à Ulysses Guimarães. 2. Jota Alves com o prefeito Edward Koch e João de Matos com o prefeito Rudolf Giuliani. 3. E lá está, oficial da cidade, a placa Little Brazil na esquina da Quinta Avenida com a Rua 46. JBBandeira EstatuaNY

O Brazilian Day, disse eu no palco do primeiro em 1985, na Rua 46 centro de New York, dedicado a Tancredo Neves, é forever. Num terceiro estalo de alegria e com a coragem da gaúcha Natalia Gazola levamos o Dia do Brasil a Xangai, a “Nova York” da China. A TV Globo organiza o maior festival brasileiro no mundo em vários países. O Brasil lá fora, sempre esteve em alta.

Continuamos a terra onde “em se plantando tudo dá”. Por essa e outras muitas razões “O Império” acaricia o nosso ego com duas distinções importantes que promovem o nome do Brasil. The New York Times contrata o presidente Lula para um texto mensal. A biblioteca do Congresso USA homenageia o presidente Fernando Henrique Cardoso com o prêmio Klunge de um milhão de dólares. A primeira distinção muito mais noticiada que a segunda. Cada um na sua.

Mas, de um a dez, Lula e Fernando Henrique tem que ter a modéstia de entender que os dois são cinco no contexto. Ou um, pouco mais, que o outro. Brasileiros premiados no exterior-com raras exceções científicas, musicais, artísticas- o foram pela percepção de magia, vibração, beleza, que transmitem do nosso país. Brasileiros são homenageados. Premiados. Figuram nas listas dos Dez, Cem, Mil, Mais, disso e daquilo, pela potência que o Brasil é. Pelas oportunidades, vantagens, lucros, que o nosso país oferece. 

Fui chamado de Míster Brazil. Andei, livre, confiante, por Manhattan. Tive o privilégio de caminhar todos os dias de meu apartamento na esquina da Park Avenue/65 Street ate a Rua 46 pela Quinta Avenida tropeçando em celebridades. Jantei com astros. Transei com estrelas. Fui vizinho de Very Importante People. Tomei breakfast na Casa Branca com dois presidentes USA. Almocei na Grace Mansion, residência do prefeito de Nova York. Tive meus quinze minutos de fama. Várias vezes.

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1. O The Brasilians. 2. Edilberto Mendes, por muitos anos Editor do jornal que fundei em 1972. È também Diretor do Brazilian Day. 3. Jamelão, com ritmistas, passistas, mulatas da Mangueira no mundialmente famoso Waldorf Astoria. O grande salão nobre do hotel ficou verde e rosa. 

Pelo Brazilian-American Promotion Center. Pelo jornal The Brasilians. Pela Rua 46. Pela Little Brazil. Pelas grandes promoções. Pelos quinze anos consecutivos do Carnaval do Brasil no Grand Ball Room do mundialmente famoso Waldorf Astoria Hotel. Pelo Dia do Brasil. Por ter sido noticia várias vezes em páginas do New York Times sinto-me à vontade para introduzir o presidente Lula no mundo encantado de Manhattan, da Times Square, território do jornal que o contratou para um artigo mensal.

E dizer-lhe para repetir que: “Nunca antes na história do Brasil houve uma turma tão vibrante, tão dedicada, em plena ditadura, que divulgou, promoveu, defendeu, as  nossas melhores manifestações culturais, e nosso apego à liberdade, como os empresários, artistas, músicos, moças e rapazes, da Rua 46. Eles o fizeram do centro de Nova York, o tambor do mundo”. O Dia do Brasil, a maior celebração brasileira no exterior, nasceu de uma explosão de alegria e de liberdade. Lá embaixo, pois, algumas dicas para o presidente.  bandeira

Sempre disse aos afoitos e deslumbrados: “aqui conquistamos sucesso por nós mesmos. Mas, quem nos carrega e fortalece é o “gigante adormecido”. È preciso respeitar o seu nome e proteger a sua imagem”. Com todas as suas mazelas internas o Brasil, lá fora, desperta sonho, magia, beleza. Só mesmo egocêntricos, delirantes, idiotas, não entendem isso. Batalhei. Dei duro. Fui bom e correto no que fiz.  Mas, se não fosse brasileiro não teria alcançado o sucesso que alcancei. Teria sido um Nobody (Um Zé Ninguém). Mais um Stranger in the Paradise.

“Ele nunca leu um livro. Vai escrever para o New York Times?”        

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A gozação tá grande. Nem todo imbecil é fanático. Mas, todo fanático é imbecil. Tem Lulista tirando sarro de Fernando Henrique Cardoso. “O contratado foi Lula não ele. Hi, hi, hi”. Revolucionários aplaudem o operário socialista contratado pelo NYT. Uma grife capitalista.

“Até tu Lula me traíste. Como pôde se vender para o New York Times?!! imagesCAGC8D7KHugo comendo a USA Videntes juram que o “irmão, amigo, companheiro, Hugo Chávez”  quando ouve o nome Lula vira o rosto para a direita de seu caixão exposto ao público. Como Pedro, antes do galo cantar as 3 da madrugada, Hugo Chávez grita -Ate tu Lula. Como pôde se vender para o jornal porta voz do Império que você jurou combater a meu lado”?

Por Lula ter se vangloriado de nunca ter lido um livro. De ter chegado à presidência da República sem diploma escolar os sátiros querem saber quem vai escrever o texto mensal assinado por ele para o maior e melhor jornal do mundo. Virando páginas da nossa, e da história mundial, aqui entro eu explicando, mostrando, e desta vez, defendendo, o presidente Lula.  

A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-la220px-Alexander_and_Aristotle Aristóteles, pai da frase acima, aluno de Platão, foi tutor e Ghost Writer de Alexandre, o Grande. “Por detrás das vitórias de Alexandre, encontraremos sempre Aristóteles”. (General Charles De Gaulle). As celebradas frases de Alexandre eram de Aristóteles. Líderes ficaram famosos por frases que nunca criaram. Por livros que nunca escreveram.

Lula, pode sim pensar alto e ditar os seus pensamentos, teorias, projetos. Jesus não escreveu nenhuma linha do livro mais lido da humanidade. O que foram os apóstolos? Doze Repórteres na História. Lula, como outros presidentes, tem que ter sim seu Ghost Writer. Qual o problema com isso?

Stálin nasceu na Geórgia. Não terminou nenhuma escola. Dos 14 anos em diante tornou-se um “quadro”. Revolucionário profissional. Lênin insistia que ele  falasse melhor em russo e aprendesse a escrever no idioma da maioria do povo sob o comando do Tzar Nicolau. No poder, teses, obras completas, discursos, de Stálin, foram escritos por Lunachersky, Zinoviev, Kirov, Kamenev, e outros intelectuais do Partido Comunista. Lênin escrevia os próprios textos, decretos, livros. Trotsky também.

“Não pergunte o que o seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo seu país”.          

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Por acaso o Papa escreve tudo que lê? Tudo que o Vaticano publica? Presidente de República é ocupadíssimo. Ainda mais de dois “continentes”: Brasil e Estados Unidos. John Kennedy ficou famoso pelo chamado à participação, à entrega. Mas, a bela e provocativa frase- “não pergunte o que o seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo seu país”- não é de John Kennedy. Quem a criou foi Ted Sorensen. Autor da maioria dos discursos e frases do presidente Kennedy.

“Deus poupo-me do sentimento do medo”.  

A coisa ficou feia para o governador de Minas Gerais. Carlos Lacerda, a banda da UDN, Coronéis, não queriam a candidatura de Juscelino à presidência da República. Com a frase “Deus poupo-me do sentimento do medo” Juscelino mostrou que tinha coragem. Deu a volta por cima. A imprensa mais influente do 

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país divulgou, insistentemente, a frase de efeito. O candidato, médico, sem as habilidades políticas de um Benedito Valadares que dizia: “Juscelino queria bancar o Tiradentes com o pescoço dos outros”, cercou-se de “cobras” da literatura, poesia, música, arquitetura. Daí Juca Chaves chama-lo de o “Presidente Bossa Nova”. O poeta Augusto Frederico Schmidt amenizava, embelezava, poetizava, os discursos do presidente que construiu Brasília. Mas, o seu Ghost Writer de todos os dias foi o escritor Autran Dourado. Autor da frase “Deus poupo-me do sentimento do medo”.

“Nestes campos de Mato Grosso o passado nunca mais”.

Eu já tive meus momentos Ghost Writer. De escritor fantasma dos discursos e pronunciamentos do governador Carlos Bezerra. O governador que saia era Júlio Campos. O candidato da ditadura militar que queria entrar era Frederico Campos. Eu tinha deixado Nova York no pique do meu sucesso. Tudo que tocava, promovia, dava certo. Cheguei a Cuiabá com a bela Adriana para a campanha de Carlos Bezerra, colega e companheiro de lutas estudantis, ao governo de Mato Grosso.

Centralizei a campanha em um prédio de quatro andares e lancei “Nos campos de Mato Grosso o passado nunca mais”. Uma direta nos Campos que dominavam a política estadual. E anuncio do fim da ditadura. Por aquelas coisas bem familiares da politica brasileira tiraram “nos campos de Mato Grosso”. Ficou o Passado Nunca Mais. Depois da nossa vitória soube que Campos de Frederico não tem nada a ver com Campos de Júlio mais tarde senador e, atualmente, deputado federal. Too late.

Larry Rohter para Ghost Writer de Lula

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Outra gozação na web é Lula contratar Larry Rohter o correspondente do New York Times que o governo queria expulsar do Brasil. “Nunca diga, dessa água não beberei. Lula contratado pelo jornal do correspondente que ele odiava. Dizem que o presidente furioso, gritava: “Foda-se a Constituição. Quero esse f. d. p. fora do Brasil”. Larry escreveu que o consumo de álcool poderia embaçar decisões do presidente Lula. Tipo: “se beber, não dirija o país”.

LR trabalhou no escritório da TV Globo em NY. Foi para o NYT.  Veio para o Rio de Janeiro. Casou-se com brasileira. Escreve livros em português. Sabe como fazer o texto de Lula ficar palatável ao leitor do NYT. Lula pode sondar também Mac Margolis e Warren Hoge. Ambos foram correspondentes do NYT no Brasil.

Piada é perguntar: quem contratou quem? Empreiteiras, multinacionais, estão pagando para Lula ocupar lugar tão proeminente no cenário mundial? Ou a empresa do jornal está “pagando” Lula, o lobista influente, de olho nos negócios que quer implantar no Brasil como site, edição impressa em português, e outros interesses de multinacionais que anunciam no jornal?

Welcome to the Club Míster President. Lula no TimesDeixemos fofocas, piadas, insinuações. Se Lula é analista, comentarista, especialista, editorialista, jornalista. O fato é que o presidente Lula está no Club dos Poucos, dos Privilegiados, de ter texto publicado no mais famoso jornal do mundo.

Nos meus trinta anos de Nova York fui leitor do NYT. Principalmente, de sua edição dominical. De maior gosto com muita neve caindo. Lendo o calhamaço saboreando waffles no mel com café brasileiro. Ouvindo Martinho da Vila, Shirley Bassey, Neil Diamond, Roberto Carlos. Adorava a Revista do Sunday Times. A seção B com resenha de livros. A lista dos Best Sellers. Entrevistas com escritores, filósofos. Histórias da Literatura. De filmes. De músicas.

Some tips para o Lula do New York Times.

Considerando algumas das minhas qualificações acima citadas. Trinta anos leitor e vizinho do NYT ( Eu na 46, o NYT na 41/42) sinto-me no dever e na obrigação de sugerir some tips (algumas dicas) para o presidente do meu país. 

@O jornal NYT sempre foi exigente no estilo. O Ghost Writer não basta ser um excelente tradutor. Deve ser jornalista ou escritor. Bastante versátil em frases curtas, expressões idiomáticas, gírias do jornalismo moderno, em inglês norte-americano. Alguém do Itamaraty com essas qualidades. Ou jornalista norte americano com longos anos de Brasil que possa captar nuance e frases, brincadeira e extremismo verbais de Lula. 

@ Se a intenção é promover a Paz com Fome Zero no Mundo registro que pouquíssimos africanos terão acesso ao texto de Lula no site do New York Times, ou em edição impressa. Pouco latino americano idem. Na África e América Latina o leitor de Lula será o formador de opinião do “Terceiro Mundo” que Lula admira (mesmo não havendo mais Segundo Mundo).  NYT

@ Mas, nos círculos decisórios será empresário de multinacional com negócios que devem dar lucro. Analista político. Expert em finanças. Economia. Informática. Ministro de Estado. Presidentes. Senadores. Deputados. Embaixadores. Líderes religiosos de grande influência. Pessoal do Serviço de Inteligência. Da espionagem industrial. Das máfias. Barões do narcotráfico. Formador de opinião. Intelectual. Lula será lido pela elite que ele tanto dizia detestar e combater.

@ Por isso e por outras implicações Lula terá que ter sintonia total com o seu Ghost Writer. Os dois devem se entender pelo olhar. Gesto. Piada. Aquela coisa do sexto sentido. De feeling. Kennedy era “casado” com Ted Sorensen, seu Ghost Writer

@ Por melhor que seja o deal (acordo) Lula-Jornal, não haverá, por muito tempo, espaço para embromation, enrolation, bulshit (conversa mole, papo furado, lorota). O jeitinho brasileiro de ficar vendendo gato por lebre. Leitor do NYT é bem informado. Não vive de empolgação, mobilização permanente, delírio ideológico. Têm leitor do NYT que sabe mais sobre o Brasil do que FHC, Lula e Dilma, juntos.

Será sim um grande aprendizado para o presidente-jornalista. Um novo patamar cultural poderá ser alcançado. Lula que manda recados para Obama se preparar melhor. Lula que dá nó em pingo d’agua. ( Help aí Larry, não sei como traduzir isso) tem que esforçar-se em modéstia para aprender com o NYT. Sobretudo, no quesito combate à censura. E sempre, sempre, defendendo a liberdade de imprensa. Quem sabe Lula saia dessa nova experiência falando inglês. Lendo livros. Escrevendo melhor. Sendo um brasileiro melhor. Antes tarde do que nunca. (Help Larry Rohter. A tradução certa é never to late?

Good luck Míster President. E mais duas dicas: o filme The Ghost Writer e o livro O Rapto do Jornalismo. —————————————————————————————— 

11 de abril: diário de um aniversário.

5 da manhã: Acordei olhando para o teto recém pintado de branco gelo. Rindo, e me perguntando: “como consegui chegar ate aqui”.

7 da manhã: No e-mail Parabéns pra você da UOL, Unimed, Banco Itaú. TAM. De um vendedor de sapatos.  Com oito, nove anos, é que fui descobrir e entender que tinha uma data só para mim. 11 de abril, o dia de meu nascimento.

9 horas: De repente, bateu saudade de abrir envelope. De cartão postal com Parabéns pra Você. Mas, não recebi nenhum. Ou não existem mais.

Quando no governo de Mato Grosso a Casa da Rua Alemanha era referência. Eu, novidade. Famoso. Toda semana uma cartão de boas vindas, convite para aniversário, churrasco, cesta de vime com biscoitos, geleias, castanhas, azeite de oliva, azeitona,  patê, vinho, chocolate. Para mim e Adriana, recém chegados de Nova York, aquelas guloseimas não eram novidades. Eu gostava era do uísque. Às vezes, um Chiva’s, Dimple’s, Black Label.

O poder é perigoso. Vicia. Intoxica. Domina. Empreiteiras, construtoras, empresas, políticos, “amigos”, me paparicavam. Quando deixei o governo as cestas e os presentes sumiram. Nem um Natu Nobilis. Nem uma lata de sardinha.

11 horas: Mensagem de Adriana. Ela continua misturando Português com Inglês. AIbEiAIAAABDCLThsqy85MngZCILdmNhcmRfcGhvdG8qKDQ5MzhjYTQ5NmEwNWM2OGM2ODQ3ZDMzMmI3ZjgxMzRiNmQ1NDI5ZDgwARj4MQvyj590574RNycSi4OslOvk“Você tem alguém para te dar um happy birth day kiss”?

14 horas: Mensagem de meu filho José Alves com imagens da esposa e filhos. 15 horas: Mensagem de meu filho Márcio com imagens da esposa e filhos. Quer presente melhor que ser avô de 4 gêmeos!!! 

19 horas: Mensagem de Tatiana Smolnik, de Moscou, informando que encontraram uma caixa com fotos, cartas, cadernos, na dacha ( chácara, casa de campo) de sua tia Irina, minha professora (e namorada oculta) na universidade em Moscou. Belo presente deste 11 de abril. O que mais desejo é encontrar e recuperar fotos, cadernos, textos, que fui deixando em “esconderijos”, casas, apartamentos.

Dez minutos antes da meia-noite: Vovó Fifina me dá uns “passes” pelo telefone e receita: “Aniversário, Natal, não são festas suas. Mas, você é um desgarrado de sorte. Filho de Ogun e Obatalá. Celebre você com alto astral de você mesmo. Tome uma talagada de vodka russa. Abra uma garrafa de champagne, de vinho branco. Acenda duas velas grossas: uma para o Bem, outra para o Mal. Fique no meio da duas e Cante Parabéns pra você. Para você mesmo.

E foi isso o que fiz. Rodei, pulei, bati palmas, cantei, C dnom rajdenia, Parabéns pra você, em russo. Abri a janela e desandei a gritar Happy Birth to you Jota Alves. A vizinha me olhou de um jeito muito estranho e fechou a janela. Cochilei de mim mesmo. Apaguei. E de, repente, estava subindo, subindo, voando, tentando alcançar the unreachable stars. Acordei leve, sem dores na coluna, pronto para mais um 11 de abril. —————————————————————————————————

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