Alô, alô, carnaval

Trilha sonora:

Neste RH, e sempre, meu tributo, homenagem, saudação, parabéns, aos que promovem, organizam , patrocinam, carnaval brasileiro no exterior. E não se pode falar em carnaval, como promoção do nosso país, sem honrar a memória de Carmen Miranda e de Jorginho Guinle.

61y62No-EmL imagesZJCKASEOimagesKNURHR7H

Se ate os anos 80 ouvíamos que Buenos Aires era a capital do Brasil, imaginemos o que pensavam do nosso país nos anos 20/30/40/50/60/: floresta tropical com anacondas, índios ferozes, plantas carnívoras. O cinema americano era/é/ o maior comunicador do planeta. E foi nele que Carmen Miranda colocou, para sempre, as nossas cores e ritmos.

Ela conquistou Hollywood. A maior bilheteria da Broadway. “Se Carmen é assim: alegria contagiante, bom humor permanente, extrovertida, o povo brasileiro também é assim”. O cinema faz analogia com a história. Cria mitos. Com Carmen Miranda no cinema o Brasil deixou de ser um ponto selvagem no mapa.

O filme Alô, alô carnaval, frutas na cabeça, balangadãs, o colorido das “baianas”, mais o Zé Carioca recebendo o Pato Donald no Rio de Janeiro ajudaram a compor no imaginário norte americano a beleza tropical do Brasil. E na Europa também. A Itália conseguiu livrar-se da imagem fascista e dos destroços da Segunda Guerra Mundial  graças a suas belas mulheres no cinema.

imagesZ5BZYFXY

Carmen é o princípio da presença positiva e da imagem bonita, honesta, do Brasil no exterior. Não há registro de que ela tenha organizado bailes de carnaval. Mas, a casa da Brazilian Bombshell, da Garota Notável, sempre cheia de músicos brasileiros, gente do show business, era carnaval permanente.

Carmen Miranda abriu o caminho. Levou Ary Barroso com Aquarela do Brasil, por muitos e muitos anos a música brasileira mais tocada no mundo. Dorival Caymmi apresentou-se nos mais badalados programas da TV. Orson Welles, celebridade do momento, veio conhecer Copacabana.  Crianças e adultos riam de Zé Carioca e do Pato Donald. “Filhos” de Walt Disney.

Sua obra, história de vida, memória, devem ser preservadas e divulgadas para sempre, como fazem nos Estados Unidos ao relançar o selo Carmen Miranda Forever. É alegria e tristeza, ver Carmen Miranda mais lembrada, mais amada e valorizada, nos States, do que no Brasil.

foto_1242jgcom a primeira esposa Sherwood untitledRita e Jor  untitledjg untitledCopacabana Hotel

Jorginho e Dolores Sherwood, sua esposa americana. Com Rita Hayworth, a Gilda, dona” de Hollywood. E Jane Mansfield. Com Jorginho Guinle era o Brasil conquistando e transando com as mais famosas mulheres do mundo: Marilyn Monroe, Anita Ekberg, Hedy Lamar, Ava Gardner, Jane Mansfield, Susan Hayward, Linda Christian, Janet Leigh, Gina Lollobrigida, Marlene Dietrich. Ele trouxe para o Baile do Copa astros do cinema, celebridades mundiais: Kirk Douglas, David Niven, Anthony Quinn, Tony Curtis, Rock Hudson, Van Johnson, Victor Mature. E se os artistas vinham, milhões queriam conhecer o Rio, a sua praia famosa, a terra de Carmen Miranda, o país do carnaval.

rubi

E pelo carnaval vinham investidores, dinheiro novo, tecnologia e alternativas para o nosso desenvolvimento. Idiotas da esquerda fofoqueira, rançosa, agrediram Carmen Miranda. Por ter alcançado retumbante sucesso nos Estados Unidos ela foi chamada de “americanizada”. E isso a magoou profundamente. Mas, escreveu no seu testamento: “quero ser enterrada no Brasil”. Jorginho Guinle, por reinar no capitalismo, também foi maltratado pejorativamente pela esquerda robotizada pelos dogmas e ideias stalinistas, já então fracassadas.

Os muçulmanos tinham seu play boy, o famoso Ali Khan. Os latinos se vangloriavam de Porfirio Rubirosa ( na imagem com Zaza Gabor). Por que o Brasil não podia ter o seu play boy internacional? Nos anos da Guerra Fria URSS/EUA, a “inteligentzia” brasileira robotizada, não perdoava. Faça sucesso aonde quiser, menos nos Estados Unidos. Atualmente, o jumento do atraso empacou geral. Fazer sucesso no exterior é pecado!

O Brasil se consolidava como beautiful place para beautiful people. E foi nesse momento de beleza, glamour, entre os mais famosos plays boys do mundo, que passou a brilhar o charme e o jeitinho brasileiro de Jorginho Guinle. Sem cargo em governo. Sem remuneração.

untitledjg2 20090528-se1 1078530503_fimagesLDUXDEZA

No país mais midiático do mundo, não há dinheiro que pague Kin Novak, Ava Gardner, estrelas de Hollywwod, em entrevista, pela TV, dizer que adoram o Brasil. Foi nessa constante promocional fazendo celebridades falar bem do Brasil que para mim Jorginho Guinle foi o maior Relações Públicas que o Brasil já teve. Por isso, e por ter vivido trinta anos no exterior, com e pelo Brasil, honrarei sempre a memória de JG e de Carmen Miranda.

admin-ajax.php

Sobrinho de Octávio Guinle, fundador do Copacabana Palace Hotel, Jorginho era considerado um dos plays boy mais ricos do mundo. Ele vivia no Copa. E seu lugar preferido nos States, Los Angeles, a Meca do cinema. Em Hollywood, ele criou uma fantástica rede de conexões e amizade com donos de estúdios, diretores, atores, atrizes. Daí para levá-los ao Rio, ao Carnaval, era uma travessia do Atlântico por navio ou pelas asas da Panair do Brasil.

Gastando fortuna herdada, Jorginho Guinle devia estar impregnado da máxima que repito sempre: “a gente sai do Brasil, mas, o Brasil não sai da gente”. Mas, lembrando: não confundir governo, que por corrupto mancha a imagem do país no exterior, com a nação que é nossa. Governos passam. O Brasil é para sempre.

Eu não a conhecia. A vi no Clube A, do Ricardo Amaral. Sua elegância, sorriso, era tudo aquilo que nos promovíamos no exterior, que Wilson Simonal cantava: o charme e o veneno da mulher brasileira. Saí do Clube encantado. Ao vê-la na Quinta Avenida, esquina com a Rua 46, não resisti. Dediquei capa do jornal The Brasilians à Yonita Guinle, a jovem e bonita esposa de Jorginho.

O Carnaval do Brasil no mais famoso hotel do mundo

untitledwaldorf2Quinze anos consecutivos fazendo milhares “descobrir” o Brasil através do carnaval, o nosso produto cultural mais famoso no mundo (com o futebol). Quem ia ao Carnaval do Brasil no Waldorf Astoria, e depois daquele aperitivo de beleza, cores, ritmos, com a rapaziada bronzeada mostrando o seu valor, queria sim, conhecer Rio, Bahia, o “país abençoado por Deus e bonito por natureza”.

Fiz a minha parte. Dia e noite, promovi o meu país, defendi a minha gente, com honestidade e dignidade. Jornal, programas de Rádio, TV. A primeira bandeira. A primeira vez do Hino cantado. “Grilamos, invadimos” uma Rua do centro de Nova York, tambor do mundo. Depois, com o Brazilian Day, lá está a placa na esquina da mais famosa avenida do planeta com a Rua 46: Little Brazil. Mas, fui apenas mais um confete no carnaval do nosso povo, uma nota, na grande sinfonia brasileira criada por Carmen Miranda e muito bem regida por Jorginho Guinle.

GAYCombaterei sempre, pois sei do que falo e vivi, todos os imbecis da esquerda, da direita, religiosos, oportunistas, safados, que dizem ser o carnaval ópio do povo. O mesmo para o futebol. Todos os povos têm as suas festas, esportes, danças nacionais. Valsa, rock and roll,  tango, merengue, salsa, mambo, mazurca, polca. Nós temos o samba e muitos outros ritmos. Ninguém se refere ao carnaval de New Orleans como ópio do povo. Há carnaval na Alemanha, Itália, Colômbia, Venezuela, Cuba, França. Mas, é o nosso que ficou gravado no imaginário dos povos. Benito Romero, com orgulho e exagero aceitável, não deixou por menos, gravou a frase: Brazilian Carnival the eight wonder of the world.

Ópio do povo é a corrupção desenfreada, oficial, oficiosa, que intoxica e enfraquece o Brasil. Ópio para o povo destilam os políticos-homens e mulheres- malandros(as), governantes espertalhões. Os oportunistas que vivem da mentira e da safadeza.

carmenselo

Exploram o carnaval como meio politico-eleitoral. Essa gente rançosa, recalcada, essa elite que nos governa, misturando a verborragia ideológica com mutreta e corrupção está destruindo instituições. Ela embruteceu o Brasil. Não respeita nem melhora os produtos culturais do povo. Por má gestão, a falta de agua impede a realização de carnavais populares, uma das ultimas alegrias do povo, confinado em casa. Vivemos um Ebola cultural e moral sem precedentes. Estão destruindo a Petrobras por roubo e por projetos já ultrapassados por outras tecnologias e por alternativas vitoriosas. Estão extinguindo o carnaval. Na Copa do Mundo mais cara, e de maior roubalheira, a nossa seleção foi um fiasco humilhante

carna untitledwaldorf  images6C129R68

tania imagesWLA6Z68Yno Waldorf

CAR  SAM_0454 samba

SAM_0337À memória de Da. Nair Mesquita, funcionária do Consulado Geral, Nova York. Ela mantinha o Centro Cultural Brasileiro. E foi lá, recém chegado de Moscou, onde “pulei” o meu primeiro carnaval USA. Anos depois, a levei ao palco do Waldorf Astoria para merecida homenagem. E meus agradecimentos ao mineiro Benito Romero, sempre bem humorado, criativo, com quem organizei o baile A Night in Rio. Benito, pioneiro da comunidade brasileira de Nova York/USA continua levando adiante o seu sonho de um dia construir a Casa do Brasil no centro de Manhattan, atualmente, aberta para artistas e eventos brasileiros na Big Apple.

Alô, alô, brasileiros, amigos e admiradores do nosso país, na Finlândia, com a maior escola de samba da Europa. Alô, alô, rapaziada da Alemanha, de San Diego, do Boteco em Miami, de Nova York, da França, Áustria, Suécia, Bélgica. Alô, alô, Márcia Curvo na Holanda. Alô, alô, pessoal do Japão, de Angola, Moçambique, Rússia, Irlanda, Inglaterra, Itália…

images9RULK193 imagesNZ207JYU  banner600px-2

É carnaval. Na garagem, no salão paroquial, no centro comunitário, na associação, no hotel, bar, restaurante, promovam o carnaval, o baile, como se fosse o evento mais importante de suas vidas. Ponham amor e beleza em tudo que fizerem com o nome do Brasil. Lembrando sempre, não promover o carnaval como extensão de governo. Foi Carmen Miranda, Jorginho Guinle, são os brasileiros anônimos, ou em grupos, famosos ou desconhcidos, que mantêm a chama do Brasil bonito, honesto, hospitaleiro. A fama de um fun love people. Os nossos governantes nos decepcionam mundo afora. Sujam a imagem do Brasil e isso influi negativamente na percepção do que é ser brasileiro.

Do Youtube vocês podem baixar samba enredo, marchinhas de carnaval, e com um bom serviço de som, farão carnaval para ninguém botar defeito. Façam imagens e enviem para oreporternahistoria@gmail.com

-Divulgue. Encaminhe www.oreporternahistoria.com.br. Para Escreve que eu publico envie imagens, texto opinativo, para o oreporternahistoria@gmail.com Ver Jota Alves/FACEBOOK. Para melhor leitura zoom 125.