O refugiado ambiental

terremoto haitiImigrantes-4Há o refugiado de guerra. Há os migrantes econômicos. Eis que para justificar o anarcosindicalismo presidencial de Lula, no caso haitiano, evocam a figura ate hoje não definida pela ONU, do refugiado ambiental ou refugiado climático. O Brasil está cheio de migrantes ambientais. Exemplo é o nordestino fugindo da seca no pau-de-arara. E os deslocados pelas barragens das hidroelétricas, mineradoras.

E o governo Lula/Dilma amarrado em nó cego, sem rumo, sem tempo para alternativas, faz qualquer discurso para se mostrar humanitário, caridoso: “O Brasil, terra do acolhimento, está de braços abertos para acolher refugiados”.

Sabe como é o abraço de tamanduá? Ou do escorpião em cima da rã atravessando o rio? Estão no meu Mato Grosso cinco mil haitianos. Dizem que há no país 75 mil. E virão mais haitianos, senegaleses, nigerianos, pelos caminhos da ilegalidade e da exploração humana, convidados e incentivados por Lula e o seu El Dorado de sacanagem, incompetência, corrupção.

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O tamanduá fica de pé para receber, de braços abertos. A fêmea lança língua enorme acariciando a vítima antes de cravar-lhe as unhas pelas costas. O abraço de Dilma em Aécio Neves é exemplo do abraço da tamanduá-bandeira.

Lula para Secretário Geral da ONU

Tivesse a TV Globo 15 minutos semanais sobre relações exteriores; dedicasse a BAND- como faz para o futebol- horário nobre com especialistas opinando sobre a política externa do governo; se, Silvio Santos que topa tudo por dinheiro, conseguisse patrocínio para debates internacionais, o brasileiro saberia que no dia 8 de outubro de 2010 o presidente da Bolívia lançou a candidatura de Lula à Secretaria Geral das Nações Unidas.

No estouro do Mensalão, Lula avisou: “não vou para o matadouro sozinho”. E saiu pelo mundo abraçado com Hugo Chávez, Kadafi, Ahmedinejad, Ortega, Evo Morales, Fernando Lugo, os Kirchner. Foi limpar a sua imagem de fora pra dentro.

E a esquerda saudosista e ideologicamente esperta do Itamaraty mostrou a mosca azul para Luis Inácio. Ele gostou e acreditou. Por que não cabalar votos para suceder o coreano Ban Ki-Moon na Secretaria Geral das Nações Unidas?

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Hoje sabemos que a Mosca Azul foi embrulhada por Fidel Castro e enviada para Hugo Chávez montar o picadeiro. O locutor foi Evo Morales. Todos precisavam da presença do Gigante em suas lambanças ideológicas contra El Negrito de Washington, contra o Império. E ninguém melhor que o envaidecido Lula para representá-los.

O Brasil então começou a conquistar votos abrindo mais embaixadas, dando empréstimos, perdoando dividas. Mesmo sem Segundo Mundo, Lula radicalizou no discurso de Terceiro Mundo. A galera do internacionalismo proletário corrupto aplaudia.

No Brasil, os mobilizados, mal informados, os desinformados, aplaudiam o nome de Lula para o maior posto da ONU. Sem noticiário de qualidade eles não sabiam (não sabem) que os mal feitos do governo já eram conhecidos pelos lideres mundiais.

Sacanagem com os haitianos

Com gente como o senador Fernando Collor nas Comissões de Relações Exteriores do Senado, e da Câmara, sem debates pela TV, a troika Lula, Amorim, Marco Aurélio Garcia, deitou e rolou no exterior.

untitled Lula e CollorPara mostrar envergadura e capacidade de gerenciar conflitos internacionais o governo ofereceu militares para ser “policia” no Haiti esfarelado pelo terremoto. Também mostrando serviço por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

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Com as nossas Forças Armadas passando “fome de rango, de armamentos e salários” dos 30 mil iniciais ainda ha 1.343 militares com saída marcada para 2016. E se acontecer um novo terremoto por lá? Nossos soldados ficarão? O Brasil dará asilo aos refugiados ambientais do planeta?

Lula que “nunca leu um livro e não precisa de diploma universitário para governar o Brasil”, não sabe que o primeiro grande terremoto registrado na colônia francesa aconteceu em 1751. Com um mais forte em 1770. E outro destruidor em 1842. E desde então, outros menores. E outros maiores virão. Na qualidade de presidente do Gigante Brasil Lula deveria saber, ou ser informado, que a República Dominicana, colada no Haiti, também sofre com terremotos e ciclones.

E, sob as mesmas condições climáticas, desfruta de melhor qualidade de vida, de notável crescimento comercial, turístico, graças às acertadas decisões de defender o seu meio ambiente com um gigantesco replantio de arvores. O haitiano devastou suas florestas e a maioria viveu apoiando a ditadura corrupta dos Duvalier,  Papa e Baby Doc. Por muitos e muitos anos sofrerão por isso.

“Os haitianos adoram o futebol brasileiro. Venham. Vocês trabalharão nas obras da Copa do Mundo”.

Com esse marketing mentiroso, idiota, o convite era para uma festa. E assim, haitianos, sem dinheiro para custear passagens aéreas, e sem o status de refugiados definido, começaram a entrar no Brasil por vias ilegais, sendo explorados na travessia e abandonados na chegada.

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Antes de anunciar que em 2016 os EUA acolherão 10 mil sírios, o presidente Obama consultou, pediu autorização ao Congresso, por verbas e medidas de segurança nacional. No Brasil lunático, governado no chutometro, Lula ditava regras, não consultava, fechava negócios, nomeava quem queria. Não dava satisfação a ninguém. “Lula é Deus” dizia Marta Suplicy.

E nenhum dos assessores internacionais de Lula se interessou ou teve a coragem de propor decência, dignidade, no trato com os haitianos. E definir uma Política de Imigração. Exemplo:

Criar uma quota semestral, anual. Sairia mais barato para os cofres públicos transportar haitianos em navios da marinha mercante, navio escola, do que bancar milhares de soldados no Haiti e estimular a bandidagem nas nossas fronteiras. Definir postos de trabalho, áreas de moradia provisória. Estar preparado para dar-lhes atendimento escolar, hospitalar. Deixá-los sem rumo pelas Ruas e Praças desse nosso Brasil embrutecido, violento, é vergonhoso e perigoso.

Cinco mil em Mato Grosso

Acabo de saber que há 5 mil haitianos em Mato Grosso. Sei da solidariedade e do empenho de mato-grossenses para dar-lhes emprego, moradia, escola, atendimento hospitalar. Há outros estados na mesma situação. Resultado da anarquia e irresponsabilidade. Lula convida, escancara, faz demagogia internacional, e transfere o problema para governadores e prefeitos.

Escreveram discurso caridoso com chavões do século XX para Dilma ler no sufoco da crise que ela mesma ajudou a criar. Não há comparação entre o imigrante do inicio do século 20 com os de agora. Sabemos que ainda construímos a nação brasileira com africanos, árabes, asiáticos, europeus, latinos.

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Mas, não se deve escancarar fronteira, nem tampouco fazer comparações com o imigrante do século passado. Escrevo e penso com o coração de imigrante que fui por 40 anos. Há o imigrante que produz, e o imigrante que usufrui. Há o imigrante construtor e há o imigrante usurpador.

Há o imigrante que se integra e aquele que faz questão de não se integrar, mas, quer ser beneficiado pelos programas sociais, cada vez mais caros.

Imigração deve ser política do Estado nacional. Com a colaboração de todos. Mas, não deve ser definida por padre, pastor, igreja, ONG, partido político, movimentos étnicos, ideológicos.

Cada povo deve traçar metas, criar projetos, que visem, em primeiro lugar, o seu beneficio.  A boa globalização começa no quintal de casa. Dilma deve parar de repetir frases de caridade ideológica, de propor dialogo com terroristas, corruptos, narcotraficantes. E entender  Imigração como assunto da maior gravidade para o futuro do país.

Sim, vivemos a ilusão da Pátria Educadora. Sim, sempre nos achamos o Maior do Mundo. Sim, aqui o azul é mais azul. Sim, o Brasil é a terra do acolhimento. E toma Dilma a convidar. A “oferecer esperança”. Com qual Politica de Imigração?

E recursos para acolher imigrantes econômicos, menos produtivos e mais exigentes que os de outrora?

O mundo é outro e muito mais perigoso. Esperança não enche barriga. O governo deve deixar esse discurso de humanismo hipócrita, de falsidade religiosa, ideológica, de caridade eleitoral, e estipular quotas e regras para imigrantes, visando em primeiro lugar os interesses nacionais. Há diferenças e necessidades que precisam ser entendidas.

O imigrante sirio contará com acolhida da generosa e laboriosa colonia siria. Mas, o mesmo não se aplica, por exemplo, ao africano das profundezas do Congo cheio de odio e carnificina tribal. Sunitas, xiitas, baaistas, curdos, libios, iraquianos, turcos, armenios, afegãos, fundamentalistas, e outros, se matam muito antes dos profetas Moises, Jesus e Alá. Lembram-se das doze tribos de Israel? Elas continuam se matando.

È doença infantil do comunismo, malandragem ou burrice ideológica, culpar os Estados Unidos e os países europeus por essa enorme onda de imigrantes da primavera árabe. Estupro, mutilação do clitoris, submissão sexual e apedrejamento da mulher, regras hediondas, ódio e matança entre judeus e palestinos, acontecem há milenios.

È bom notar que os imigrantes, dessa onda atual, não foram convidados, ou não se interessam, pelos vizinhos Kuwait,  Arábia Saudita, Dubai, Emirados Árabes, Rússia, China, Japão, Coréia. Ao mirar países europeus, mesmo sem habilidades profissionais, eles se identificam como imigrantes econômicos. Descobriram as maravilhas tecnológicas. Querem viver melhor. Querem liberdades com beneficios sociais. E tudo isso tem custos e riscos.

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O Brasil só tem a ganhar definindo uma política internacional de ajuda humanitária. E ficaria muito melhor no conceito mundial se tivesse despejado no Haiti medicamentos, alimentos, médicos, enfermeiras, engenheiros, especialistas em reconstrução urbana. Incentivando o haitiano a deixar o seu país não ajudamos a soerguer o Haiti e a fortalecer aquela nação.

E, finalmente, o brasileiro não deve viver como refugiado da noticia em seu próprio país. Não deve ficar a mercê da grade televisiva nacional que dá espaço para culinária, futebol, moda, plástica, sexo, entretenimento, e não oferece à população opinião de especialistas em política externa.

O brasileiro (a) tem que usar a internet para se informar, educar-se, em assuntos externos, e para monitorar as decisões do governo. Afinal, o preço do tomate e da cebola, depende da atuação do Brasil no cenário mundial. È bom pesquisar a Bioética.

——Trilha sonora:

O autor: Jota Alves cursou a Faculdade de Direito Internacional em Moscou. Fundou o jornal The Brasilians e criou o Brazilian Day em NY. Exerceu as funções de Secretário de Goveno em Mato Grosso. Ver tambem www.odiadobrasil.com e Jota Alves/Facebook.

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